O Pão de Açúcar Club foi criado em janeiro de 1992, com o objetivo de estimular os funcionários do Grupo Pão de Açúcar na prática do atletismo, em especial a corrida. Todos gostaram da ideia que foi estendida para os filhos dos funcionários que treinavam na pista de atletismo do Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, próximo a sede da empresa.
Nessa ocasião os diversos departamentos da empresa se reuniam para correr.
A diretora de marketing, Ana Maria Diniz, filha do Abílio Diniz, presidente do GPA, foi a primeira a correr a famosa Maratona de Nova York em 1990 e no ano seguinte, foi a vez do seu irmão João Paulo Diniz, que era diretor de novos negócios.
Com o crescimento interno e o entusiasmo dos funcionários a Ana Maria criou o slogan: Companheirismo – Competitividade – Determinação.
Para ela, a Maratona Pão de Açúcar de Revezamento seria uma oportunidade de todos correrem uma “maratona”, porém em equipe. Um ajudando e incentivando seu companheiro a se superar.
A primeira edição da prova aconteceu em 1993, quando pouco mais de 1000 atletas se reuniram para revezar a distância de 42.195 metros, divididos em equipes de 2, 4 e 8 pessoas. Com o passar dos anos, a prova foi crescendo até se tornar o evento que reuniu a maior quantidade de corredores estreantes, que enxergaram no evento uma oportunidade para dar seus primeiros passos nas competições.
Origem dos revezamentos
Conhecidos internacionalmente como ekidens, os revezamentos surgiram nos países do oriente no século 18, mais especificamente no Japão, e de lá se espalharam para o mundo. Em 1992, a IAAF (sigla em inglês da Federação Internacional de Atletismo Amador) criou o I Campeonato Mundial de Revezamento, que reúne a cada dois anos os seis principais atletas de cada país para disputar o título mundial de seleções. Aqui no Brasil, o primeiro evento realizado nos mesmos padrões dos populares ekidens japoneses provavelmente ocorreu em 1926, quando um grupo de corredores se organizou para percorrer a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro e chegar ao Palácio do Catete no momento da posse do presidente Washington Luís.
Dicas para participar de um revezamento
Os números de identificação – Cada integrante da equipe recebe um número de peito, que deve ser fixado à camisa para identificar não só a equipe a que pertence, mas também a ordem no revezamento. Uma munhequeira com chip de cronometragem, que todos os atletas devem usá-la no pulso direito. E, também um chip de cronometragem de tênis, que deverá ser aplicado no cadarço do pé direito do último atleta a correr pela equipe.
O posicionamento para a largada – Só devem se posicionar na largada os atletas número 1 das equipes, que também devem carregar a munhequeira com chip para ser transportada por cada um dos integrantes.
Os postos de controle – Um atleta só pode iniciar sua etapa quando o anterior chegar ao posto de controle e passar a munhequeira com chip de identificação. Esse procedimento é repetido em todos os postos de troca, sempre obedecendo à ordem do revezamento. Esteja com antecedência no seu posto de troca para que seu colega de equipe não fique esperando. O ideal é calcular mais ou menos o tempo de cada integrante para não ter surpresas e não atrapalhar o andamento da equipe.
Cruzando a linha de chegada – O último atleta a receber a munhequeira de cronometragem deve estar com o chip de tênis já fixado no cadarço do pé direito. Sua missão será levar a munhequeira até a chegada.
O prêmio final – Todas as equipes que terminarem o percurso no tempo-limite de prova recebem medalhas ao final.
* Participação especial de Fernanda Paradizo, jornalista e fotógrafa especializada em corrida e triathlon, já correu nove maratonas internacionais e seu melhor resultado foi obtido na Maratona de Paris de 1998 (3h37min53s).
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