As equipes Instituto Sangue Bom e Liga de Atletas Transplantados disputaram a IV Taça Máster Loterias Caixa de Atletismo (9 e 10/11), em Bragança Paulista, para disseminar campanhas de relevância nacional e mostrar que o atletismo é benéfico a saúde de pessoas que passaram por transplantes
Deixar uma mensagem sobre saúde e qualidade de vida em temas nacionais relevantes, como a doação de órgãos e de sangue para transplantes de órgãos e de medula óssea, são a motivação central para a existência das equipes Instituto Sangue Bom, de Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e Liga de Atletas Transplantados, presente em todo o Brasil, que disputaram a Taça Máster Loterias Caixa de Atletismo, realizada sábado e domingo (9 e 10/11), em Bragança Paulista (São Paulo). Mais de 800 atletas competiram e a ANASP – Agremiação dos Nikkeis de São Paulo – foi tetracampeã.
Carlos Alberto Rezende, biólogo e biomédico – foi terceiro colocado nos 100 m (15.78, -2.5 m/s) na categoria 60+ da Taça Máster. Quem conversa com Carlão não imagina que em 2016 venceu uma Aplasia Medular Severa, com um transplante de medula óssea. “Eu fui campeão como o paciente que recebeu o maior número de doações de sangue no meu Estado! A doação me mantinha vivo”, comenta.
Ainda internado no hospital teve a ideia de fazer uma equipe para competir pelo Brasil e levar, além do Mato Grosso do Sul, a mensagem da importância da doação de sangue e de medula. Em 2016 recebeu o transplante e se tornou um atleta transplantado. Começou em 2017 com caminhadas e corridas no Parque das Nações Indígenas de Campo Grande. Mas já soma várias provas de 5 Km e corre a São Silvestre, orientado pelo treinador de atleta olímpico Cleberson Yamada – fez salto em distância na Taça Máster, na categoria 50+ (5.67, 2,4 m/s).
“Uso o esporte para falar de doação de sangue, pelo menos uma vez por mês, fora de Campo Grande”, afirma Carlão, informando que o Instituto Sangue Bom tem atletas de sub-14 a máster, cerca de 50 integrantes.
Sobre o calendário oficial do atletismo ter competições como a Taça Máster define “como fator motivador e estímulo a qualidade de vida”. “Todas as escolas também deveriam ter Educação Física de qualidade”, acrescenta Carlão, que tem os instragrans @oprofcarlao e @institutosanguebom.
A Liga de Atletas Transplantados participou da Taça Máster com três atletas transplantados de fígado, um de rins e outro de medula. “A razão básica é a consciência de que o esporte é muito benéfico a saúde. O transplante não é a solução de uma patologia, é um tratamento. Em complemento, o esporte é algo que pode ajudar no nosso ganho de saúde”, disse Cornelis Joannes Van Der Poel Filho, presidente da Liga de Atletas Transplantados, terceiro colocado nos 200 m da categoria 45+ (40.81, -3.7 m/s) na Taça Máster.
Informou que a Liga foi criada por atletas transplantados que já praticavam esportes. “Temos o propósito de estimular a prática do esporte, de levar esperança a quem está na fila de transplantes. Trabalhamos muito fortemente a conscientização pela doação de órgãos”, acrescentou Cornelis, divulgando o instagram @ligatxbr.
Cornelis recebeu a medalha das mãos da representante das Loterias Caixa, patrocinadora máster do atletismo, superintendente Nacional Thays Cintra Vieira, que também participou do plantio de mudas de árvores no Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo, promovida pelo Núcleo Social e de Sustentabilidade da CBAt.
A Prevent Senior Newon é patrocinadora do atletismo brasileiro oferecendo medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.
As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.
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