Corrida x Hepatite B

Foto crédito: Renan Bossi - Nike Corre SP - Cidade Universitária
Foto crédito: Renan Bossi – Nike Corre SP – Cidade Universitária – USP

A corrida é um santo remédio!

Conheça a história de superação e controle médico que a corrida proporcionou ao empresário Henrique Fornari, 35 anos, corretor de imóveis:

“Sempre fui atleta desde criança. Aos oito anos de idade iniciei meus primeiros treinos no futebol de salão, na cidade de Salto, interior de São Paulo, onde cresci e joguei em times diversos desde o “fraldinha”, até a seleção que defendia a cidade na modalidade de futebol de campo.

Paralelamente ao futebol, também fui tenista juvenil, desde os nove até os dezessete anos, disputando torneios federados e confederados e até torneios juvenis de nível internacional, sempre numa rotina de treinos bem puxada, conciliando os dois esportes.

Mais tarde passaria seis meses numa equipe profissional de futebol em Maldonado-Uruguai, quando parei com minhas atividades profissionais.

Fora do esporte e com a rotina normal de um jovem, sempre fui de beber socialmente com os amigos, quando aos 27 anos um exame de sangue deu positivo para Hepatite B.

Acompanhado de meu médico e após vários exames, constatou-se que eu era portador de Hepatite B, e que eu seria um paciente crônico, de difícil cura.

Quando fiquei sabendo, a primeira recomendação que obtive da equipe médica foi de proibição ao consumo de bebidas alcoólicas, pois isso poderia me levar a desenvolver um quadro de cirrose hepática no futuro, e que também iniciaríamos um tratamento a base de uma medicação retroviral (que atenua-interrompe a ação do vírus).

Sendo assim dei início às tentativas de diminuição no consumo de álcool mesmo que socialmente, mas sempre com dificuldades, e foi então na corrida que tenho encontrado um grande aliado para me manter afastado dos excessos.

Nunca havia gostado de “correr por correr”, mas tudo mudou em Janeiro de 2016 quando um amigo que treina para triatlo me convidou para correr.

Fizemos algumas corridas desde então e comecei a pegar gosto.

Comecei a ler blogs e acompanhar alguns atletas corredores que sempre falavam da tal endorfina do pós-treino.

Após um tempo, comecei a realmente me sentir muito bem após os treinos e comecei a perceber que o tal lance da endorfina é mesmo real e ao mesmo tempo comecei a admirar a rotina dessas pessoas que acordam cedo para treinar, competir e se sentir bem e isso me serviu muito de inspiração.

Meu tratamento é super simples e não me causa nenhum efeito colateral.

Consiste em tomar diariamente o comprimido (Fumarato de tenofovir desoproxila) e fazer semestralmente o acompanhamento dos resultados através dos exames de sangue e urina e checagem das condições do fígado através de ultrassom e possivelmente tomografia, se houverem alterações consideráveis.

Tenho feito o tratamento e esses exames desde 2009 e até o momento tenho obtido ótimos resultados na manutenção das minhas condições de saúde.”

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Como a corrida me ajudou?

“Como a “tribo” da corrida geralmente corre cedo pela manhã e a maioria das provas também acontecem cedinho, é sempre motivo para dormir mais cedo para treinar e participar de eventos.

Além disso, a rotina de treinos pede uma boa alimentação e isso considero também para diminuir o álcool, pois me ajuda na recuperação.

Já é comum eu recusar os convites de amigos para sair e passar a noite toda bebendo nas festas e bares.

Tudo por causa do prazer que a corrida me traz, aliado a necessidade de me afastar do que não me faz bem”, relatou Fornari.

 

Em sua pouca experiência no esporte, recentemente correu os 10K em 40 minutos e 42 segundos e nos 21K em 1h33min17seg.

Wanderlei Oliveira

Técnico fundador do Clube Corpore, em 1982, e do Pão de Açúcar Club, em 1992. Desde 2000 é comentarista e blogueiro.

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Wanderlei Oliveira

 

Iniciou no atletismo em 1965. Já percorreu o equivalente à três voltas ao redor do planeta Terra. Técnico fundador do Clube Corpore, em 1982, e do Pão de Açúcar Club, em 1992. Desde 2000 é comentarista e blogueiro.

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