Em 1980, trabalhava na Federação Paulista de Atletismo onde tive vários mestres, o comendador Evald Gomes da Silva, presidente da Federação, foi corredor de 400 metros rasos e com barreiras, sabia tudo e mais um pouco desse esporte maravilhoso que é o atletismo. O Deodato Menici, um senhor bravo, exigente, de poucas palavras, um sábio.
O professor Oswaldo Valdemir Pizani, habilidoso em lidar com o ser humano, profundo conhecedor das regras do atletismo. O português José Clemente Gonçalves, que editou o anuário de atletismo, um árduo trabalho de pesquisa. Com ele aprendi a ser estatístico.
O Paulo Ishigami, com paciência oriental era capaz de organizar um grande evento com excelente qualidade técnica. O coronel do exército Quirino Carneiro Rennó, rigoroso com a disciplina de seus alunos e atletas, para ele “hora é hora, nunca antes nem depois”.
Mas, com quem eu passava mais tempo era com o Ivo de Pádua Sallowicz, atleta que em 1933 igualou o recorde mundial de 100 metros em pista de carvão (10.3 segundos). Juiz de partida em todas as provas conhecia a malandragem de todos os atletas. Polêmico, engraçado e maloqueiro. Não estava nem aí para o que os outros pensavam, o que importava para ele era se divertir – ser feliz.
O que isso me trouxe: conhecimento, inspiração, energia, vitalidade, amigos, viagens. Trabalhei em Portugal. Corri as Maratonas de Nova York, Paris, Roterdã, Chicago. Conheci a Rússia, Japão, África.
Continuo correndo com o mesmo entusiasmo de quando iniciei no atletismo. Viva o Esporte
Experiências incríveis e inspiradoras, com certeza, a possibilidade de conviver com estes mestres. Sinto falta dessas histórias em nossos aquecimentos, Capitão!
Saudações ANDREA FUNK.
O esporte com suas histórias. Só quem viveu pode contar!
Viva
Wanderlei Oliveira