Racismo não tem espaço no Atletismo


Foto crédito: Andrea Funk @gorunningbrasil


Em uma sociedade evoluída, tanto a prática como a discussão sobre o
tema racismo não deveria existir. Ainda temos um trecho de existência
Terrestre para percorrer para que essa discussão seja dissolvida.

O tema Racismo veio à tona após a morte por asfixia de George Floyd, ex-
segurança negro de Mineapolis (EUA) por um policial branco sob alegação
de “suspeita de que o negro havia pago o supermercado com nota falsa”.
Na sequência do episódio, houve uma comoção e mobilização mundial.

Quem era George Floyd
Floyd nasceu em Fayetteville, Carolina do Norte, e fora criado
em Houston, Texas. Amigos e família o chamavam de Perry e o
caracterizavam como gentle giant (“gigante gentil”). Floyd teria entre 1.93
a 1.98 metros de altura.
Ele jogava nos times de basquetebol e futebol americano de sua
escola Yates High School e frequentou a faculdade South Florida
Community College por dois anos, jogando no seu time de basquete. 
Em 2014, ele se mudou para o estado de Minnesota, onde teve dois
empregos – caminhoneiro e segurança de restaurante.
Em 2017, ele gravou um vídeo em que solicitava às novas gerações que
pusessem fim à violência com recurso a armas.
Em 2020 ele perdeu o emprego de segurança devido a pandemia de
COVID-19. Ele tinha cinco filhos.

Atletismo tem raça, sangue e suor

O atletismo internacional e nacional prioriza a qualificação do atleta por
meio do nível técnico. Numa equipe o melhor atleta do momento é que
vai se destacar, independente da cútis.
O que manda no atletismo é o índice técnico. Não há espaço para
racismos. Nem se perde tempo com isso. Numa pista de atletismo, manda
quem fizer o melhor tempo para o “Qualify”.
Nas corridas, muitos negros são os melhores em quase todas as
modalidades e quando não é negro é descendente. Contra o relógio não tem argumento, nem se a diferença for de milésimos de segundos ou no visual.
Nos Jogos Olímpicos a presença de uma miscigenação de raças é
maravilhosa, pois temos a oportunidade de ver disputas esportivas em
todas as modalidades entre Seres Humanos. Homens e mulheres
representando seus países e competindo pelo amor ao esporte e à pátria.

Agora, em 2020, estamos passando por um momento especial da Era de
Aquário. A humanidade está em plena transformação de consciência. E,
com isso, vai emergir uma série de problemas que estavam “debaixo do
tapete”.

O racismo é um deles. É importante que haja o caos para reequilibrar o
sistema. Floyd foi um novo estopim. (Há que se lembrar, de Martin Luther
King nos anos 1960, também nos Estados Unidos, entre outros lá e cá).
Este artigo não é para falar da conquista das pessoas negras na sociedade.
Independente da raça ou cor de pele, a inserção está mais ligada à energia
das pessoas. Enquanto o clima de ódio e rancor (energias negativas)
imperar de todos os lados (brancos e negros) e incitações racistas e anti-
racistas ligadas a ódios, vamos ter “guerras” entre irmãos cuja a cor do
sangue é vermelha, cuja a alma é uma luz aguardando para ser iluminada.
No futebol, antes da pandemia, também se discutia muitos atos de
violência racista nos estádios mundo afora. As entidades estão banindo
dos estádios os “racistas” para que as pessoas, cidadãos, seres humanos e
irmãos possam assistir ao esporte em questão.


Provas de rua
Na São Silvestre, nas maratonas, nas meias-maratonas e nos outros
circuitos de rua de São Paulo e do Brasil é lindo ver um mar de pessoas
correndo, se exercitando, para seu auto-desafio.
O que vale ao passar pelo pórtico de chegada é a contagem de tempo do
atleta número tal. Não se quer saber se é o negro ou o branco fulano de
tal. Quer saber que número de camisa é do fulano de tal que por méritos
atravessou a linha de chegada com maestria. O que seleciona quem vai ganhar determinada prova é o preparo físico da pessoa, o tipo de pista e as condições meteorológicas, além de algum
problema pontual.


No atletismo, superamos a cor da pele do corredor. No geral são crianças,
jovens, idosos, homens e mulheres correndo contra seu “best time”.

Simbolicamente, um negro e um branco poderiam cruzar a primeira
corrida de rua pós-pandemia de mãos dadas. Será fantástico, inclusive se
ocorrer na próxima São Silvestre 2020, esperamos que ela ocorra.

Foto crédito: Andrea Funk @gorunningbrasil / Arnaldo de Sousa


Correr ou não correr, eis a questão.
Afinal, Todos somos Um
!

Arnaldo de Sousa, 52 anos, é jornalista e corredor, há dez anos atua como Coach Transcendental e Reikiano. Autor do livro: A Chama da Gratidão (https://arnaldodesousa.com.br/.)

dbbwanderlei

Técnico fundador do Clube Corpore, em 1982, e do Pão de Açúcar Club, em 1992. Desde 2000 é comentarista e blogueiro.

2 comentários

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  • Infelizmente , o que vemos é pessoas nessa minoria negros ganharem algim produto, seja um tenis, inscrição de prova, enfom só vejo isso para os “branquinhos”, blogueiros de olhos verdes, cabelos lisos..é complicado…desanima demais, até participar de provas e alguns eventos…

Wanderlei Oliveira

 

Iniciou no atletismo em 1965. Já percorreu o equivalente à três voltas ao redor do planeta Terra. Técnico fundador do Clube Corpore, em 1982, e do Pão de Açúcar Club, em 1992. Desde 2000 é comentarista e blogueiro.

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